terça-feira, 7 de setembro de 2010

Xeque, mate ou mate e xeque.


"Tinha ele ainda necessidade dela? Ou ela dele? Não se dedicavam ambos a um jogo sem fim? Era esse um desígnio pra qual se precisasse viver? Não, nunca! Esse jogo chamava-se Sansara [1], um brinquedo para criança, agradável talvez para quem o usasse uma vez, duas vezes, dez vezes. Mas, pra que recomeçá-lo sempre e sempre?
Nesse instante, Sidarta deu-te conta que o jogo terminara, de que jamais poderia voltar a fazer parte dele. Um calafrio perpassou em seu corpo. Sentiu que algo acabava de morrer na sua alma." 
(H. Hesse - Sidarta)

[Sansara: as vicissitudes do mundo, da vida e da morte da existência humana; a instabilidade e a efemeridade das coisas; a agitação do mundo; a vaidade e a inquietude da vida humana.]


* um jogo onde não há ganhadores.

Um comentário:

  1. Uma vez me mandaram ler esse livro. Obedeci apenas em parte e li o "Damien" dele...(heh!!)

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