sábado, 30 de abril de 2011

Olhar para meu olhar.




Anda sempre tão presente o tormento comigo, que eu 
mesmo sou o perigo
(L.Lemmertz)




Olhar real.

Cenas do casamento real, as primas feias da Cinderela.

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Caminhos...


Alice – Poderia me dizer, por favor, qual é o caminho para sair daqui?
Gato – Isso depende muito do lugar para onde você quer ir.
Alice – Não me importa muito onde.
Gato – Nesse caso, não importa por qual caminho você vá.




terça-feira, 26 de abril de 2011

Olhar para hoje.




"As coisas que não conseguem ser 
olvidadas continuam acontecendo. 

Sentimo-las como da primeira vez, 
sentimo-las fora do tempo, 
nesse mundo do sempre onde as 
datas não datam. 

Só no mundo do nunca 
existem lápides... 

Que importa se – 
depois de tudo – tenha "ela" partido, 
casado, mudado, sumido, esquecido, 
enganado, ou que quer que te haja 
feito, em suma? 

Tiveste uma parte da 
sua vida que foi só tua e, esta, ela 
jamais a poderá passar de ti para ninguém. 

Há bens inalienáveis, há certos momentos que, 
ao contrário do que pensas, 
fazem parte da tua vida presente 
e não do teu passado. 

E abrem-se no teu 
sorriso mesmo quando, deslembrado deles, 
estiveres sorrindo a outras coisas. 

Ah, nem queiras saber o quanto 
deves à ingrata criatura... 

A thing of beauty is a joy for ever 
disse, há cento e muitos anos, um poeta 
inglês que não conseguiu morrer."


**Quintana, aquele, sempre tão nosso.




segunda-feira, 25 de abril de 2011

Olhar para os meus caminhos.

(Arte de Salvador Dali)

"(...) até que um dia, por astúcia ou acaso, depois de quase todos os enganos, ela descobriu a porta do labirinto. (...) nada de ir tateando os muros como um cego. Nada de muros. Seus passos tinham - enfim! – a liberdade de traçar seus próprios labirintos."


Mário Quintana

**um labirinto de olhares...







domingo, 24 de abril de 2011

Olhar para frente.

Doce olhar.



Aqui em casa qualquer comemoração é motivo para enfeitarmos nossa casa, cozinharmos coisinhas gostosas...tudo feito por nós. Assim, foi nosso domingo de Páscoa.

Coelhinho da Páscoa que trazes pra mim...
...três sorrisos lindos!!!



Ok, o coelhinho era saci e também faltou a "bolinha maior da pegada". Coisas de uma mãe cansada...ninguém percebeu :)



Ovinhos by Julia e Mauricio


Guardanapo coelho by Ju e mamãe


 Sorriso Mastercard












Faltou a foto do pudim de bombom da Vi e do bacalhau que eu fiz....deliciosos.

beijos doces!!!







sábado, 23 de abril de 2011

Olhar...

Olhar para São Jorge.



"Chagas abertas, Sagrado Coração todo amor e bondade, o sangue do meu Senhor Jesus Cristo, no corpo meu se derrame hoje e sempre.
Eu andarei vestido e armado, com as armas de São Jorge. Para que meus inimigos tendo pés não me alcancem, tendo mãos não me peguem, tendo olhos não me exerguem e nem pensamentos eles possam ter para me fazerem mal.
Armas de fogo o meu corpo não o alcançarão, facas e lanças se quebrarão sem ao meu corpo chegar, cordas e correntes se arrebentarão sem o meu corpo amarrarem.
Jesus Cristo me proteja e me defenda com o poder de sua Santa e Divina Graça, a Virgem Maria de Nazaré, me cubra com o seu Sagrado e divino manto, me protegendo em todas minhas dores e aflições, e Deus com a sua Divina Misericórdia e grande poder, seja meu defensor, contra as maldades de perseguições dos meus inimigos, e o glorioso São Jorge, em nome de Deus,  em nome de Maria de Nazaré, e em nome da falange do Divino Espírito Santo, me estenda o seu escudo e as suas poderosas anulas, defendendo-me com a sua força e com a sua grandeza, do poder dos meus inimigos carnais e espirituais e de todas sua más influências, e que debaixo das patas de seu fiel ginete, meus inimigos fiquem humildes e submissos a vós, sem se atreverem a ter um olhar sequer que me possa prejudicar.
Assim seja com o poder de Deus e de Jesus e da falange do Divino Espírito Santo.
Amém"







sexta-feira, 22 de abril de 2011

Olhar de Mauricio.




Mauricio está estudando o Japão no colégio. Já encenaram a cerimônia do chá, estudaram as diferenças culturais, ensaiaram músicas japonesas...preparativos para o Dokai (? não sei se é assim que se escreve e nem mesmo o q é. Comemoraremos o estudo do Japão).

No domingo fomos ao templo budista da cidade para comemorarmos o aniversário do Buda.



Os festejos do nascimento do Buda incluem os votos de restabelecimento do mundo pacífico e a felicidade de toda humanidade. Oportunidade também, para reavaliar o quão preciosa é cada forma de vida e qual o verdadeiro significado de igualdade de todos os seres.




No dia da festa uma imagem do Buda bebê enfeitado é colocado em um pavilhão enfeitado de flores. Historiadores dizem que o Buda nasceu em um jardim todo florido.

Banhamos a imagem com o chá adocicado, o chá doce é um elemento essencial da festa, pois de acordo com a lenda, dois Reis Dragões fizeram chover água doce quente e fria para banhar o Buda bebê.

A imagem do Buda bebê está com dedo direito para cima e o esquerdo para baixo significa "vasculhem o céu e aterra e não encontrará outro ser igual a mim". A Sabedoria do Buda nos ilumina e ensina que a vida do outro também é importante.

Na festa são servidas comidas típicas (Mauricio se acabou no pastel de queijo e Julia não me deixou comer o Tempurá :(  ) e há diversas atrações. O karaokê típico, desde de um senhorzinho pra lá de desafinando, até o Wando do Japão (amei e para desespero da Julia - e de algumas pessoas - dancei até).



Mauricio banhando o Buda







Dízimos dos japoneses.
 Eles chamam de Ofusê, um agradecimento ao templo ou ao monge.
Em cada papel há o nome e o quanto ele está agradecido (o valor em $)



Mauricio interessado em outras culturas, um estudioso



Chá na entrada do templo. Namastê!!





O nome do Mauricio em japonês



Coisa mais querida!!
Mauricio cantando em japonês.





**Tinha uma gravação do Mauricio explicando o significado da música, mas não consigo baixar.




quarta-feira, 20 de abril de 2011

Meu olhar.




Abraça o que te faz sorrir.


 Sonha que é de graça.


(C.F.Abreu)




**meu desejo de um feriado doce, aproveitem!





terça-feira, 19 de abril de 2011

Meu lado negro.

Tô viciada, pronto falei!!

O melhor foi o Mauricio brincando ontem e cantando:

-Quem é o cara que chegou...

Cuidado para não pegar!

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Bob pai e Bob filho.



EM GIBI DE ZIGGY, FILHO DE BOB MARLEY, HERÓI GANHA PODERES COM BAFORADAS DE MACONHA


Uma lufada de fumaça na cara do novo personagem de quadrinhos Sedona é a chave para liberar seus poderes de super-herói. Só não pode ser qualquer fumaça, afinal trata-se de "Marijuanaman".

Criado pelo músico jamaicano Ziggy Marley, a nova HQ será lançada depois de amanhã nos EUA pela editora de Robert Kirkman, criador de "Walking Dead".

"Queríamos colocar a maconha numa perspectiva diferente, lutar contra o ranço negativo e falar do positivo", disse Marley ao Folhateen.

"Não queria que fosse uma piada. Há muitos estereótipos na indústria do entretenimento de quem fuma maconha. Quis fazer diferente", disse o filho de Bob Marley.

Sedona é um super-herói extraterrestre, cujo planeta está em crise. Em sua viagem em busca de soluções, acaba na Terra, onde conhece um grupo de ativistas que lutam pela legalização da maconha e contra vilões da indústria farmacêutica, criadores da "Ganjarex", uma pílula de prazer sintético.

Sedona não fuma a erva, apenas absorve a fumaça alheia. Um cigarro de maconha só aparece lá pela página sete, com um maconheiro rastafári de olhos caídos. É ele quem vai explicar a ciência de Sedona. "Humanos têm DNA, são os blocos de construção da vida", diz. "Sedona não têm DNA, tem THC [estrutura química da planta cannabis]. São seus blocos de construção."

Ao ser perguntado se os pais não ficariam chocados ao ver os filhos com "Marijuanaman", Marley respondeu: "Sim. Estão programados para ser contra a planta", disse. "Tudo bem ver gente bebendo, fumando cigarros ou matando em filmes. Mas não fumando maconha."

O uso da erva, controverso entre médicos, não é recomendado para jovens.

"A maconha não traz nenhum benefício para o adolescente", diz o psiquiatra Arthur Guerra, supervisor do grupo de álcool e drogas da faculdade de medicina da USP. "Há chances de haver dependência e de trazer complicações familiares."


(Fernanda Ezabella, de Los Angeles - Folha de S. Paulo, 18/04/2011.)








sábado, 16 de abril de 2011

Olhar para Érica.





"É tempo de me fazer, eu sei

E sei que é bom ser ainda indefinido. 

Pelo menos as deformações não calaram fundo, não se afirmaram em feições. 

É bom, sim, mas ao mesmo tempo é terrível. 

Porque me vem o medo de estar agindo errado, de estar gerando feições 

horríveis, que mais tarde não sairão com facilidade. 

Não, não é fácil ser a gente mesmo da cabeça aos pés, da unha do dedo

mindinho até o último fio de cabelo."

(C.F.Abreu)



quarta-feira, 13 de abril de 2011

Olhar de beijo.

DIA DO BEIJO!



"COMIGO É NA BASE DO BEIJO, COMIGO É NA BASE DO AMOR...."


BEIJOS, BEIJOS E MAIS BEIJOS.




Olhar de fidelidade.


Os canalhas voltaram a se encontrar na Caverna do Ratão. 

Depois de meses sem notícias. 

Canalha só é notícia quando morto. Quando vivo, é boato. 

Um deles se separou. O Flaviano... 

Oh o Flaviano. Seu nome é uma promoção de batismo: para facilitar, o apelido veio junto. 

Com o capote dobrado nos braços e as pernas trêmulas das esquinas, o sujeito exalava maldição. 

Percebe-se o desespero masculino pelos arranhões do pescoço. Uma vez feliz, o homem faz a barba com calma. A gilete antecipa o estado de seu pulso. 

O amigo estava mesmo devastado 

Devastado e solteiro. Um monturo de insetos e insignificâncias. Suas palavras tentavam abrir uma porta deitada. 

Não deixava a espuma do chope crescer em bigode. Flaviano piorava a bebida. Soprou a brancura para longe. 

Ao largar sua mulher ciumenta, jurou que teria mais tempo e poderia freqüentar as amantes com intensidade. Rosnou de felicidade aos colegas de trabalho: "Um pequeno passo fora de casa, um gigantesco salto de cerca". 

Não se preocuparia com os horários apertados, completaria programas com longevidade e folga, avançaria na madrugada, tiraria o atraso do cinema. Dependendo do bom humor e da brisa, cederia ao luxo de andar de mãos dadas com uma delas na Usina do Gasômetro. De repente, até dormiria de conchinha e permaneceria para o café da manhã. 

Coisas que nem sonhava quando casado. 

Aceitaria os romances à luz do dia, sem controlar os lados, rasgar os recibos e desconfiar de conhecidos. 

Acabava a pressa clandestina. 

Afinal, as amantes desejavam namorá-lo, exaustas da monotonia dos motéis e ladeiras, das frestas e desculpas. 

O divórcio produziria uma derradeira recompensa romântica às outras, livres da exclusividade matrimonial dos finais de semana e dos feriados. 

Agora o harém cantaria alto. Agendaria uma noite com cada uma e não se prenderia a mais nada que não fosse seu prazer. 

Mas o que aconteceu foi totalmente inesperado. Separado, ninguém mais o desejava. O telefone não tocava, torpedos não barulhavam a mesa, o charme entrou na reserva. 

Ele ficou se sentindo menos do que um asilo. Menos porque sequer tinha horário de visita. 

Flaviano descobriu uma verdade cortante: as amantes morrem com a esposa. Desaparecem com o divórcio. Não há como carregá-las para uma nova relação. 

Elas são estranhamente fiéis. 

(F. Carpinejar)




segunda-feira, 11 de abril de 2011

Olhar de mulherzinha.



Ela acordou diferente, voltou-se para o espelho e pôde ver um brilho novo no olhar. Vasculhou o armário com delicadeza e encontrou o vestido preto com poás brancos. Ajeitou os cabelos, prendeu-os em um coque. Perfumou-se com o mais leve aroma.

Acordou as crianças, preparou o café como há muito não fazia. Por instantes pôde sentir o gosto de sexo e cigarro que o café sempre proporcionava ao seu paladar.

Andou pela casa lentamente. Abriu armários. Reconheceu-se nas fotos. Olhou o nome dos livros na biblioteca. Acariciou seus cachorros. Ouviu silenciosamente a funcionária contar histórias da vida. Sentou-se no sofá da sala de visitas. Respirou fundo...

Teve vontade de limpar a casa, retirar a poeira do tempo. Abriu gavetas, jogou papéis, borifou os lençóis com água de cheiro, combinou as toalhas no box e o lençol com a fronha. Remendou as roupas das crianças, limpou os brinquedos, molhou o jardim.

Na cozinha avistou um avental e vestiu-o como se fosse um Dior. Preparou um bolo, fez o almoço, retirou a cebola para um, o alho para outro, fez o brigadeiro do filho, espremeu a laranja para o suco, coou o café. Arrumou a mesa com os pratos de dia de festa, talheres especiais, flores ao centro.
Fez o prato de cada um, quis saber se estava saboroso. Acompanhou o marido até a porta, deu um beijo e desejou-lhe um bom trabalho.

Dirigiu-se para o colégio com o carro que ele escolhera para ela e deu um beijo no filho com gosto de bife acebolado.

No caminho passou na lavanderia. Revistou os bolsos dos ternos, das calças, com o coração na mão, pedindo a Deus para não encontrar nada. Explicou para a atendente como o marido gostava dos vincos na calça.

Voltou para casa, atendeu telefonemas, anotou os recados, ajudou os outros filhos com os deveres.

Abriu os e-mails e respondeu que o marido a proibira de ter um e mail, pediu desculpa para os mais intímos. Apagou nomes na agenda, afinal uma mulher casada não poderia ter amigos homens. E recusou convites pensando que o marido não iria aprovar sua saída nem sequer com sua melhor amiga. 

No final da tarde passou no cabeleireiro. Resolveu ligar para o marido para saber se ele aprovaria o novo penteado. Alertou a manicure  sobre as cores proibidas do esmalte e da cor preferida do marido. E pagou com o cartão de crédito dele.

Resolveu ir visitar a sogra, tomar um café com a mãe.
Viu um vestido lindo no caminho de casa. Parou, experimentou e pediu para a vendedora reservá-lo, viria com o marido no dia seguinte e o levaria, caso o marido achasse apropriado.

Aninhou a casa para o final do dia. Fez o jantar, deu banho nas crianças, ajudou-o o marido a retirar a gravata. E respirou aliviada por não precisar ter outros compromissos. 

Chamou as crianças que brincavam pelo condomínio, entrou em uma rodinha de vizinhas para saber das novidades, aquisições, promoções dos maridos e filhos. Sorriu ao responder para a vizinha que não tinha título, nem sequer trabalho. Uma mulher que vive para a família, pensou o marido da tal vizinha.
  
Assistiu ao jornal ao lado dele e desejou boa noite para o Willian Bonner.
Preparou as camas, colocou as crianças para dormir, verificou portas, janelas e esperou-o para subir.

Naquele dia ela falou baixo, conteve seus atos, esperou que ele lesse o seu jornal e que explicasse a ela os fatos. Ficou ali admirada com a cultura do marido. E esperou seus beijos, ajeitou-se de quatro como ele gostava e esperou que ele gozasse. Ela sorriu ainda de pernas abertas, úmida e respirou fundo pensando na vontade de ser uma mulherzinha para sempre.



ESLF