Sempre gostei da história do Peter Pan, o menino que não queria crescer.
Quem não gostaria de ser criança para sempre?
Quem não gostaria de ser Peter Pan?
Um menino lindo, de sorriso fácil, valente, inteligente, audacioso, livre, livre!
Peter tinha o mundo em suas mãos, o mar, sereias, um Capitão Gancho para animar sua vida, o pó mágico para voar, uma fadinha (Sininho) para massagear seu ego e alguns meninos perdidos para lembrá-lo do quanto ele era especial.
Era não, Peter é e sempre será muito especial.
Mas Peter não queria crescer!
Queria continuar voando, liderando seus meninos perdidos, queria os elogios sem fim da Sininho, queria voar pelos mares, aproveitar sua liberdade, fazer e falar tudo o que pensava, queria continuar seduzindo as mais belas sereias, queria o Capitão Gancho na sua espera, para provar e mostrar toda sua valentia, suas façanhas..., queria continuar mostrando para Wendy e seus irmãos todos os encantos do 'não crescer'.
Mas Wendy, apesar de todo amor por Peter, partiu, levando seus irmãos e os meninos perdidos para o mundo real.
Um mundo onde é preciso crescer, aprender o significado da palavra responsabilidade, que é prima-irmã de tantas outras.
É que Peter esqueceu que suas necessidades, seu mundo, seus risos não eram tudo.
Peter esqueceu que todo o encanto da Terra do Nunca não pertencia exclusivamente por ele e sim, pela generosidade de todos que o acompanhavam, que relevavam seus erros, que admiravam suas qualidades - parceiros de aventura.
Peter esqueceu de aprender o significado da palavra alteridade.
Desculpe Peter, mas não tenho vocação para ser a Sininho. É que sou feita de carne e osso.
com carinho,
sua sempre Wendy.
** Érica, a que continua sendo Érica.
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