"Na sociedade escópica, o paradoxo do gozo faz com que cada homem queira fazer de seu próximo um ator e um espectador de um espetáculo obsceno e feroz à altura do supereu que vigia e pune.
Diz-se que a "justiça é cega", mas ela não deixa de ver. O supereu é o lugar desse paradoxo da lei: é uma lei que não tem objeto, como nos ensina Kant, mas não deixa de tê-lo, como nos mostrou Lacan. Esse objeto é o objeto (a), que se apresenta ao sujeito como o olhar da vigilância da lei, e como a voz da instância crítica. A lei como máxima pura (S1) e a lei como instância de vigilância e crítica (a) são as duas faces do que o sujeito sofre de sua instância moral. Sua conjunção (S1/a) faz do Outro o Um que o vigia, julga e pune. O objeto presente na lei se exprime, na clínica pelo delírio de observação e, na civilização, pela estrutura "panóptica" da sociedade escópica em que o olhar do Outro faz a lei."
Quinet.
Érica,
ResponderExcluirO doce fascinio de um olhar viola todas as regras, todas as teorias, todas as lógicas!!!
Beijos,
AL
Patricia, obrigada pelo carinho!
ResponderExcluirÉ verdade AL, um olhar pode mudar rotas!
bjos carinhosos para vcs dois!!