sexta-feira, 29 de julho de 2011

Especialização em Criminologia.





O curso de Especialização em Criminologia, que fiz em 2009/2010, está com inscrições abertas para sua nova turma. 
A boa nova é que o IBCCRIM uniu-se ao PPG em Ciências Criminais da PUCRS.

O curso inicia-se em setembro, com aulas em SP.

Informações:

http://www3.pucrs.br/portal/pa​ge/portal/educon/index/posgrad​uacao/cursosEspecializacao/cor​podocente?cd_curso=230




quarta-feira, 20 de julho de 2011

Olhar de amigo.


Minha loira Andréa (TPM, sempre) disse que hoje é dia dos conhecidos e não dos amigos, discordo. Conhecido nem precisa de dia, amigo sim. Ok, amigo confidente, amigo amigo é difícil (ainda mais para nós duas!), mas se ampliarmos nossa visão poderemos encontrar amigos em muitos conhecidos.

Pode não ser aquele confidente diário, aquele que nos dá o ombro todo dia, mas temos queridos que nos doam amor, atenção, que nos ligam para saber se estamos bem, deixam um bilhetinho, um carinho no aniversário, leem o que você está escrevendo no mestrado, colocam seu nome em uma dedicatória, em um livro, enviam uma mensagem no celular sem um motivo especial...há diversas de formas de ser mais que um conhecido.

Sou rica, como diria Caio F. Abreu, tenho muitos amigos.

Deixo aqui meu beijo afetuoso para todos meus amigos que colorem os meus dias, em especial para você Déia que tantas e tantas pinta um arco-íris no meu céu.

Feliz dia do amigo meus amigos!!!!



terça-feira, 19 de julho de 2011

Olhar do Mauricio.


Uma tia querida fazia aniversário e fomos até sua residência para festa. Ela mora  em uma vilinha charmosa da nossa cidade.

Sempre que vamos visitar nossa tia Mauricio fica enlouquecido com  arara que mora na vizinha. Ela fica solta, canta, dança e com alguma sorte, achamos alguma pena no chão.

Dessa vez chegamos e ao não ver a arara Mauricio foi logo perguntando por ela. Respondi que a dona havia doado a ave. Mauricio ficou inconformado.

- Mãe, bicho é como filho, pegou tem que ficar até o fim!

Concordei, argumentei e ele se calou.

Na saída da festa demos de cara com a tal vizinha chegando e lá foi o Mauricio:

- Oi! Deu a arara embora, né safadinha?

Fiz cara de paisagem, puxei o menino e fomos embora morrendo de rir. 


segunda-feira, 18 de julho de 2011

Olhar necessário para vida.

Sempre disse que depressão é um luxo. Nunca me dei mais que dois dias de tristeza. Dona Vida estava lá, batendo em minha porta. Hoje, achei essa delicadeza de texto que quero dividir com vocês.
um bjo carinhoso meu. 
E bora viver que o tempo é curto!!


Cada um sofre como pode. Alguns precisam se retirar por dias e permanecer incomunicáveis. Outros nem deixam a dor esfriar e vão para festas.


Não há padrão de comportamento. As paredes são árvores, as árvores são paredes.


Mas existe um preconceito com quem reage com senso de humor. Pois se voltou a trabalhar e a sorrir é como se não estivesse sofrendo. O luto determina um protocolo de solenidade de governo: choradeira, náusea e comiseração.


Não dá para passar a palavra antes das lágrimas.


Sou estranho. Uma viúva alegre. Podem me condenar, preparar uma fogueira na Praça da Matriz, ao som do violino e acordeon do Tangos e Tragédias. Eu me recupero com ligeireza porque sou pai. A paternidade é minha sobrevida.


Não vou forçar meus filhos a sofrer comigo. O luto é meu, não deles. Não ficarei duas horas chorando e assoando o nariz para constrangê-los com minha vulnerabilidade. Não utilizarei nenhuma desculpa para não cumprir as atividades. O almoço me chama, a escola me chama, os temas me chamam, as tarefas de organização da casa me chamam, atendo mesmo quando não estou em mim. Não irei diminuir meu ritmo, apesar de somente pensar na incurável distância da mulher que amo.


Há de tocar a vida mesmo que o corpo seja mais lento e menos obediente. Não que eu não deixe de sentir, eu não me excluo de sentir nada. Mas eu não sinto somente isso. Não construirei arquibancadas para o grito. Dispenso a exclusividade. Apenas não posso me sentar e me esbaldar na cama no escuro, penarei de pé, andando apressado pelos corredores, girando pelas salas, conversando suspirado, misturando as lembranças boas com as ruins. Não me fixarei no problema para odiar alguém. Sou contrário a mobilizar nossas forças e nossa disciplina para não ter dúvidas. Eu adoro as dúvidas. As dúvidas regeneram as verdades. Uma verdade parada não é paz, é abandono.


Arco com toda pontada e naufrágio amoroso ao mesmo tempo em que conservo os cuidados paternos.


Desconfie dos tumultos. Não mostrar o sangue não elimina a chance de hemorragia. Assim como encontro as caretas mais assustadoras na comédia, não em filmes de terror.


O riso é catarse. O riso é muito mais nervoso do que a coriza. O riso é mais um jeito de gemer.

Meu sofrimento não é cerimonioso. Vou me distribuindo entre telefonemas e crônicas. Parcelando a angústia. Guardo a consciência de que não resolverei a dívida afetiva à vista. Não mentirei fundos. Não me envergonho da falta, do vazio, não me encabulo de pedir ajuda o quanto antes.


Não espalharei embalagens de comida chinesa e redomas de papelão de pizza pela sala, não convidarei moscas e baratas para coroar a tortura, ou permitirei que a barba cresça, atenderei o interfone, não sumirei para chamar atenção. O suicídio faz um drama excessivo, as pequenas mortes se contentam com a humildade de uma cruz e um nome.


Não enxergará uma anormalidade em minha fossa. Meu quarto estará limpo como num dia de trabalho, a louça estará lavada.


A explicação é simples: aquele que é capaz de atender uma tele-entrega tem condições de voltar a atender sua vida.


Criarei as pequenas desculpas para me aliviar dos grandes medos. Sintomático que na enxaqueca procuro primeiro um AS infantil para depois admitir que cresci e dependo de uma aspirina adulta.


Não me dou nem o direito de jejum, de emagrecer, de afundar olheiras. Esperneio os olhos com cebolas e sigo viagem pelos varais. Não conheço tempo para drama. Não gozo do direito da frescura. O luxo de parar a rotina e me exilar na chácara de um amigo. Eu mesmo me sirvo e me atendo. Não é errado procurar a solidão, curtir o couro e ajeitar as fotografias por ordem de datas. Tampouco estou errado. As mães me entendem. Talvez transmita a ideia de reprimido. Não creio que seja.


Lenços, para quê? Os abraços do filho e da filha são lençóis e me põem a dormir acordado.


O sol lava a minha cara. O suor é a mesma água da lágrima e mata igualmente a sede.

(Carpinejar, Borralheiro)



quarta-feira, 13 de julho de 2011

?


No que você vai acreditar, 
nos seus olhos 
ou nas minhas palavras?

(trecho de um filme dos irmãos Marx, citado por ZiZek)


Olhar interdisciplinar.

Dica do meu querido Ângelo. Interdisciplinariedade pura!

terça-feira, 12 de julho de 2011

...


"...a única carta que chega completa e efetivamente ao seu destino é a carta não enviada - seu verdadeiro destinatário não são os outros de carne e osso, mas o próprio grande Outro.

 A conservação da carta não enviada é a sua característica impressionante.Nem a escrita nem o envio são notáveis (com frequência fazemos rascunhos de cartas e os jogamos fora), mas sim o gesto de guardar a mensagem quando não temos nenhuma intenção de enviá-la. Ao guardar a carta, nós a estamos enviando de algum modo, afinal. Não estamos abandonando nossa ideia ou rejeitando-a como tola ou desprezível (como fazemos ao rasgar uma carta); ao contrário, estamos lhe dando um voto de confiança extra. Estamos, na verdade, dizendo que nossa ideia é preciosa demais para ser confiada ao olhar do destinatário real, que pode não compreender seu valor, de modo que a "enviamos" a seu equivalente na fantasia, em quem podemos confiar completamente para uma leitura compreensiva e apreciativa."

(S.ZiZek - Como ler Lacan)



segunda-feira, 11 de julho de 2011

Meu olhar



Eu gosto de carinho violento. 
De falar. 
De estar certa.
De quem entende o que eu digo. 
De quem escuta o que eu penso.
Da minha prole. 
Dos meus discos. 
Dos meus livros.
Dos meus cachorros.
 Dos Stones. 
Do Rock Natural.
Da minha solidãozinha. 
Dos meus blues. 
Do meu sofá vermelho.
Da minha casa. 
Do meu umbigo. 
De unhas cor de carmim.
De homem que sabe ser homem.
 De noites em claro e dias em branco. 
De chuva e de sol.
Eu guardo as minhas rejeições em vidrinhos rotulados com o nome deles.
Eu sou mole demais por dentro pra deixar todo mundo ver.
Eu deixo pra quem eu acho que pode comigo.
Ninguém sabe.
Mas eu tenho coração de moça.
(F. Young)


**Érica, ela tem um coração de moça.


quinta-feira, 7 de julho de 2011

Olhar para novo livro de Salo de Carvalho.



O mais novo livro do brilhante Salo de Carvalho.

Está disponível no site da Lumen. aproveitem!

www.lumenjuris.com.br


segunda-feira, 4 de julho de 2011

Barulhinho bom para hoje...

Olhar de férias.



Ser mãe é participar. 
Todos de férias, meu prazo para dissertação correndo e Mauricio querendo brincar de Urso Panda Kung Fu. E lá vamos nós...escrevo um pouco e luto um pouco.

Mauricio Urso Panda Fung Fu

Eu, o Dragão Vermelho-Branco

Meu bicho de estimação, dragãozinho Helena





sábado, 2 de julho de 2011

...


"Que eu não veja obstáculos na união de corações sinceros. O amor não se turva em águas turvas, nem se curva ante a chuva. Não. É uma luz constante que a tempestade não altera. É a estrela de toda nau errante, de brilho claro, embora sem matéria. Não é joguete do tempo, embora a carne sofra o peso de sua foice. Se isso for falso e provado também, eu nunca escrevi, e nunca se amou ninguém." 

(adaptação ao poema de Shakespeare)




sexta-feira, 1 de julho de 2011

Olhar para Haroldo.


Haroldo...ainda me lembro do nosso primeiro contato...e lá se vão quase 12 anos de amizade.

Mais de uma década de puro amor entre nós. Um amor que vai além desse plano, que dispensa presença física...amor que acolhe, que aninha...colo puro.

Quero publicamente agradecer tudo que sempre me ofertou.

Que no dia de hoje você seja "invadido" por todo amor que tenho por você.

Parabéns meu querido!!!




A amizade é um sentimento mais nobre do que o amor.
 Eis que permite que o objeto dela se divida em outros afetos.
(V. de Moraes)