terça-feira, 1 de março de 2011

Olhar que vale muito!

Li o post que transcrevo abaixo no blog do Sérgio, Utopia do Direito (sergioaquino.blogspot.com) e colhi para dividir com vocês. Sérgio possui o dom de escrever e sensibilizar.  
Aqui, ele chega de mãos dadas com Bauman (na linda foto), nosso grande mestre.







E, novamente, uma (in)compreensão sobre a infinitude a partir de Bauman




Retomei algumas de minhas leituras favoritas enquanto não volto para os estudos de minha Tese de Doutorado. Há algum tempo, tracei (ou tentei) os conceitos operacionais de Eternidade e Infinitude nesse Blog. Essa semana deparei-me com as palavras de Bauman sobre esse último fenômeno citado - Infinitude. Para esse Sociológoco, a ordem dessa expressão está na inabalável crença da imutabilidade. A Infinitude é uma manifestação que pertence à ordem divina e não humana. Por esse motivo, permitiu-se, a partir do imaginário social, que as pessoas pudessem crer nos planos traçados - ainda que desconhecidos - por Deus. Entretanto, essa ordem supra-sensível, imutável e inabalável ganhou, dentro da perspectiva humana, um oponente admirável: a nossa falibilidade. Na medida em que se vive dentro de um globalizado, dos quais as pessoas se comunicam, mas não se conhecem e não desejam enfrentar a profundidade dos olhos e emoções alheias, e, também, da intolerância sobre o valor da vida, a Infinitude se perde no Mundo Líquido-Moderno. As relações humanas se tornam frágeis, o contato é trocado pela alta velocidade - e quantidade - de informações trocadas a cada segundo (veja-se o Facebook, por exemplo). A cada Turista no mundo, como diria Bauman, surgem mais e mais refugos humanos. Os vagabundos, conforme sua própria classificação, são mais abundantes, frustrados e castrados de sua própria liberdade e sonhos. A Infinitude deixa de ser aqueles espaço no qual cada um será recompensado por seus esforços, mas, ainda, tudo o que se faz - bem ou mal - tem seu lastro de importância - E DEVE TER. A indiferença não pode transitar livremente no mundo humano e permitir a deterioração daquilo que tem a capacidade de nos unir. Apesar de TUDO no mundo Líquido-Moderno ser, aparentemente, descartável, INCLUSIVE TODOS NÓS, existe, quem sabe, um pequeno lugar que reconheça o valor da diferença como modo de se enxergar, com maior nitidez, nossa humanidade: A ALTERIDADE. Seria esse o patamar de vida procurado por todos, protegido pela Infinitude, mas, também, EN-coberto pelo véu de Ísis? Deixo a resposta para a imaginação de cada leitora e leitor...





Um comentário:

  1. EStimada

    Muito obrigado pelas gentis palavras... um dia serei merecedor delas.

    Abraços sempre cordiais.

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