quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Olhar para Timm de Souza.

Quem me "apresentou" Timm de Souza foi o mestre dos mestres Salo de Carvalho.
Foram nos textos de Timm que aprendi o significado (real) da palavra alteridade.
Na terça tive meu primeiro encontro com Timm. Não tive coragem de ir até ele e fiquei de longe, observando-o. É que ando distante, dolorida... Como diria Carpinejar: "Se alguém me achar, me devolva!"
Timm, em sua grandeza, falava da força que devemos ter para mostrar nossa fraqueza e da beleza das cicatrizes.***
"Só quem sobreviveu pode ter cicatrizes"
Sobreviventes da nossa própria história...

"Abandonei as cicatrizes. Sei onde ficam e me tranquilizam. Confortam-me. Tenho cinco na cabeça, uma no braço esquerdo e uma última na rótula do joelho. As cicatrizes me adaptam. Identificam o meu corpo, já que não nasci com nenhum sinal de nascença.
(...)
As cicatrizes não são provas de quanto se sofreu nesta vida, relógios de bolso a clamar piedosa pontualidade: "Quando aconteceu isso?"
Ao contrário, vejo na cicatriz a marca de que sarei. De como milagrosamente se regenera e me protege. Ela não atesta meu sofrimento, indica que posso me regenerar, indica que posso me recuperar com a facilidade que sangrei."
(Carpinejar)

*obrigada Timm!

***Meu inconsciente é um poeta. Digitou "coragem" ao invés de "fraqueza" É que é preciso coragem para ser fraco. É um poeta!

2 comentários:

  1. Érica, conviva com o Timm o máximo que puder!!
    Ele é a pessoa mais generosa, interessante e inteligente que eu conheço: a melhor descoberta que eu fiz durante o PPGCCrim, que se tornou amigo para a vida inteira!
    Muito legal o teu blog!
    Abraçossss!!

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  2. Oi Alexandra!Obrigada pela visita.
    "Aproveitarei" o Timm ao máximo.
    Um bjo

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