terça-feira, 1 de junho de 2010

Meu olhar.


Tenho vivido dias de Alice e nem sei se caminho pelo País das Maravilhas.

Ora tenho 35 anos, com maturidade, bom senso, certeza dos passos (quase!), outras vezes sou apenas uma menina de 20 anos, com suas inseguranças, sonhos e em outros momentos sou apenas uma frágil garotinha querendo colo ou um doce para alegrar o meu dia.

Confundo, afasto, complico, espanto e muitos não me reconhecem.

Querem minha cabeça, querem razão no meu coração, chamam meus sonhos e desejos de alucinações, olham meus atos e gestos como impulsivos, me julgam, me interpretam.

Ah, são apenas palavras que voam ao vento. É apenas um coração!

Olhe, olhe bem dentro dos meus olhos, consegue ver? Ainda que eu esteja vestida de P, M ou G, meu olhar continua o mesmo.

É que viver dói...

Sabe, eu sou assim mesmo, coração na mão, alma entregue (de graça!), telhado de vidro de primeira, cara pronta para o tapa, corpo feito para cair e levantar, nada em banho-maria. Por que não sei ser metade, acho um desperdício, se eu posso ser inteira!

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